no fim do século passado
no Nordeste do Brasil
ele foi bem implantado
e os poetas conseguiram
com ele bom resultado
Como conta o poeta José Francisco Borges nos versos acima, o cordel, esse gênero tão brasileiro e popular de poesia, não é uma invenção nossa. Essa literatura, que tem o nome de cordel porque os folhetos ficavam pendurados em cordões nos locais de venda, veio de Portugal. Aqui, chegou junto com os colonos e encontrou um solo fértil. Tanto que até hoje é uma tradição forte e viva, principalmente no Nordeste do país.
No início, os temas do cordel estavam ligados à divulgação de histórias muito antigas, que vinham encantando os povos há séculos, transmitidas oralmente de uma geração à outra. Histórias como a da Princesa Magalona, filha do rei de Nápoles e, apaixonada pelo conde Pierre, que vive as maiores aventuras e desventuras até se reencontrar com o noivo. Ou de Carlos Magno e os Doze Pares de França, narrativa com muitas batalhas que se espalhou por todo o sertão e inspirou nossos cantadores.
Ariano Suassuna, autor de O Auto da Compadecida e que é também um dos maiores estudiosos da nossa cultura, classifica em dois tipos a poesia popular do Nordeste: o tradicional, com as narrações sobre heróis, amores, religião etc., e o improvisado, cujos versos são criados no calor da hora pelos cantadores, muito comum principalmente nos desafios.
Retirado do Site Ciência Hoje. Leia Mais
Um comentário:
Parabéns! Muito interessante o site. Precisamos divulgar a literatura de corde, mesmo que o cordel não seja de origem nossa, mas ele foi aceito muito bem por nossos artistas populares e o fazem muito bem , divulgando temas que nas salas de aulas são trabalhados e os alunos têm mais facilidades para absorverem o conteúdo e terem melhor compreensão.
Continuem divulgando para que as nossas raízes não morram com o esquecimento.
Postar um comentário