quinta-feira, outubro 5

Cb Geraldo e o Assalto ao Banco

Já lhes apresentei o cabo Geraldo, especialista em situações esdruxúlas, vou contar agora um novo "causo" real ocorrido com ele.
Sexta-feira, nove e meia da noite, Geraldo doido pra beber umas geladas, bota a mão no bolso e só vê merreca.... Então lembra-se de uns trocados que haviam sobrado no banco, logo decidiu buscar o resto de seu suado salário num caixa eletrônico do Bradesco da Av. Francisco Sá.
Como o horario não favorecia e o local era meio perigoso, decidiu ir armado sacar o dinheiro...

"Pegou seu três oitão
Na cintura colocou
Se vier algum malaca
A grana eu não dou
E pode vim tomar
Fácil não vai levar
Foi aí que vacilou"


Ao chegar ao banco observou um cliente na máquina eletrônica e mais quatro senhoras na fila, que ao lhe ver entrar, fizeram cara de medo devido ao volume que a arma demonstrava.

"Geraldo ficou na dele
Pois queria era sacar
O resto da merreca
E sair para farrear
O que não imaginava
Que a vida preparava

Outra peça pra lhe dar"

Assim que posicionou-se na fila, estacionou uma moto com dois ocupantes, em frente ao banco, o garupeiro salta sem tirar o capacete e entra, o que estava no controle da moto continua fechando a entrada com o motor ligado...

"Só vou dar o tempo
Do malaca anunciar
Sei que é assalto
Ninguém pode nem negar
Estou já é preparado
O circo tá armado
E o bicho vai pegar"


A cena estava preparada... Geraldo pensou:"-Vou ter que reagir, pois se notarem que estou armado e que sou militar, vão atirar, assim que o malaca anuciar o assalto eu saco minha arma..."

"O garupeiro pra piorar
Logo que entrou
Dirigiu-se a uma mulher
E o sangue esfriou
“Bora” que é um assalto
Bote a mão pro alto
Que armado eu estou"


Geraldo, mais que depressa sacou de sua arma, puxou a senhora que estava a sua frente para próximo de sí e apontou para o meliante...

"Branco feito neve
O cabra logo ficou
O que tava na moto
Ligeiro se mandou
Quando Geraldo ia atirar
A prudência fez lembrar
O revolver ele não tirou"


A mulher que estava à sua frente começou a chorar dizendo...
-Não mate meu marido... Ele tava só brincando..
-Que brincadeira que nada, ele tá é preso, falou o Geraldo
-Mas, moço... sou cidadão de bem, só vim pegar minha esposa no banco pois ela estava demorando e sei que aqui é perigoso.... Falou o coitado

"O homem se tremendo
Danou-se a pedir perdão
Sou um pai de família
Não me tenha por ladrão
Isso tudo foi brincadeira
Que deu na minha telha
Foi só falta de atenção

Esse caso é verdadeiro
Que sirva de lição
Brincadeira tem hora
E disso tenho razão
O Geraldo aprendeu
O revolver ele vendeu

Pra fugir de confusão"

(Trechos do Cordel "Geraldo e o Assalto ao Banco", inédito que aguarda publicação)

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