Consumidor consciente - A troca

O consumidor brasileiro vem a cada dia, defendendo seus direitos com unhas e dentes, cada vez mais procura defender-se das artimanhas dos fornecedores.
Deve ter sido por isso que certo dia, o subtenente Gadelha ao chegar em casa e encontrar seu genitor bastante contrariado, quis logo saber o motivo
-Que foi pai? O senhor está com raiva de alguma coisa?
-Sabe o que é meu filho... É que hoje fui ao centro da cidade comprar uma câmara de ar para minha bicicleta e só ao chegar em casa é que percebi que ela estava com defeito, cheia de falhas.
-Ora, porque o senhor não foi trocar por outra?
-Quem disse que eu não fui? O vendedor informou que como eu havia rasgado a embalagem, não poderia trocá-la.
-Agora deu mesmo - Falou o subtenente Gadelha - Vamos é lá agora mesmo...
Partiram então o pai e filho para a loja levando a peça defeituosa, ao chegar procuraram o vendedor responsável pela venda e o mesmo repetiu o que dissera mais cedo:
-Não posso trocar, a embalagem foi violada e a fábrica não aceita, seu pai deveria ter testado antes...
Foi então que o subtenente Gadelha decidiu rapidamente a questão.
-Tudo bem meu amigo, você tem razão, estamos errados... Por gentileza, você poderia me vender outra câmara de ar?
-Claro meu amigo, agora mesmo.... Ainda bem que você é compreensivo... Qual marca deseja?
-A mesma.
O vendedor rapidamente pegou uma nova câmara de ar e tentou entregar ao Gadelha que recusou:
-Não meu amigo, dessa vez quero que você teste antes
-Tudo bem, é um direito seu - Respondeu o vendedor rasgando a embalagem.
-Assim não querido... Quero que você teste sem rasgar o saco, do mesmo modo que meu pai deveria ter feito.
-Mas, mas...
-Ora, nada de mais, se você que é o vendedor, não consegue testar sem rasgar a embalagem, como quer que meu pai faça isso?
O vendedor ficou sem jeito e convenceu-se a entregar uma nova câmara de ar, testada com a embalagem rasgada, sem custos.

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