Furando a Fila.

Tem coisa mais chata do que você estar numa fila de banco, meia hora, quarenta minutos, aguardando a sua vez e de repente chega um(a) gaiato(a) furando a fila? Dá até vontade de fazer o que esta senhora fez... Não, não estou incentivando a violência, apenas vou relatar um causo que ocorreu com o cabo Moreira, um amigo de farda.
Estava ele saindo (Fardado) do expediente no quartel e passou em um banco para realizar alguns pagamentos. Encontrava-se na fila já por dez minutos, quando chega um cidadão abordando outro a sua frente pedindo para entrar na fila. Como o Moreira é um pessoa tranquila, não se sentiu incomodado, mas em compensação, ou outros integrantes da fila começaram a exigir que o furão se retirasse.
-É muito gaiato mesmo mesmo, todo mundo aqui esperando e chega um e quer entrar na frente! Falou uma senhora.
-Tem gente que não se toca mesmo! Falou um rapazinho.
Foi então que, o que mais meu amigo Moreira temia, ocorreu;
-Ei bombeiro! (Dirigindo-se ao Moreira) Você é a autoridade aqui, tome uma atitude.
Meu amigo resignado, dirigiu-se ao furador da fila e educadamente falou:
-É meu amigo, você deve nos respeitar, estamos aqui aguardando e não é justo que você entre na nossa frente.
O cidadão, visivelmente constrangido pela situação inusitada que se formou, pediu desculpas a todos e foi para o final da fila.
Todos no banco aplaudiram a atitude do Moreira e eram só elogios.
-Isso é o que é... Militar bota moral mesmo.
-Parabéns bombeiro...
O Moreira todo gabola, retornou a sua posição na fila e continuou aguardando. Passaram-se dois minutos e a situação começava a retornar a um nível de tranquilidade, quando de repente... Entra outro bombeiro no banco, vê aquela fila enorme, dá uma olhada em volta e ao notar a presença do Moreira a uma posição de ser atendido, dispara em alto e bom tom para todo mundo ouvir:
-Meu amigo Moreira, bombeiro desenrolado, quebra um galho pra mim e paga essas minhas contas.
Só deu tempo do Moreira, sair da fila, colocar o outro bombeiro em seu lugar e sair disparado do banco, totalmente envergonhado e sob protestos de todos.

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