
Recebo via e-mail do amigo Walter  Medeiros, o cordel que lhes passo a seguir, A terra está esquentando e a culpa é do homem. Depois da leitura, clique na imagem e visite o site que está repleto de divertidos cordéis. 
        
 Muita coisa nesta  vida
Já conseguiu me  chocar
Me fez rir e fez  chorar
E continuei na  lida;
Mas agora vou  narrar
O pior fato que  há
Na nossa terra  querida.
      Não é de se  apavorar
Mas é bem  preocupante
Pois um problema  gigante
Acabam de  anunciar;
É dose prá  elefante
Pois deu no  alto-falante
Que a terra vai  esquentar.
  
       Não se trata de  rompante
Pois quem disse foi a  ONU
Nem se deve perder  sono
Ou ver algo  delirante;
Se a terra não tem  dono,
Dióxido de  carbono
É pior que  meliante.
  
       Falam também no  metano
E no óxido  nitroso
Um efeito  horroroso
Para o habitat  humano;
O calor  calamitoso
Que já é muito  danoso
Aumenta a cada  ano.
  
       Não é conto de  trancoso
Mas é de bem e de  mal
Catástrofe  ambiental
É bom ficar bem  cioso;
Rádio, tv e  jornal
Divulgaram tudo  igual
Sem ter mais vez prá  dengoso.
  
       E olhe que é  parcial
Essa conclusão  enfática
Sobre mudança  climática
Deveras  fenomenal;
Parece coisa  galática
Mas tem uma  matemática
Ruim prá planta e  animal.
  
       Explicando a  problemática
Dizem que em dois mil e  cem
Ninguém viverá tão  bem
Já dá prá pensar na  prática;
Esse tempo que se  tem
Terá quatro graus  além
Numa era  sorumbática.
  
       Falam em mais um  porém
Sobre as camadas  polares
Que perderão seus  lugares
Pois esquentarão  também;
Derreterão sob  olhares
Dos filhos que aqui  deixares
E a quem queres muito  bem.
  
       Vai ter coisa até nos  mares
Que já têm seus  perímetros
Cinquenta e oito  centímetros
Já te mandam  calculares
Usarão até  multímetros
Pois a tensão dos  voltímetros
Será medida nos  ares.
  
       Mais de dois mil  cientistas
Assinam o  relatório
Não é um dado  simplório
É de encher as  revistas
Apesar do  falatório
De um ianque  inglório
Prá quem tudo é  terrorista.
  
       Nada ali é  irrisório
Pois as secas e  tufões
Terão mais  situações
Sem nada de  ilusório
Diversas  populações
Terão suas  aflições
Afetando até  cartório.
  
       O aquecimento  global
Não é nada por  engano
É culpa do ser  humano
Que destruiu  manguezal;
Desse jeito, ano a  ano
Algo pior que  profano
Fez assim o maior  mal.
  
       Já faz quase doze  anos
Que se falou em  Kyoto
Não era coisa de  boto
Mas sobre erros  humanos
Gases, fumaça,  esgoto,
Não é coisa de  garoto
Mas faltam  americanos.
  
       O tal do efeito  estufa
Cujo estrago já se  viu
Teve ilha que  sumiu
Onde tambor não mais  rufa;
Geleira também  caiu
E muita gente  sentiu
Quem escapou disse  “ufa!”.
  
         
 O relatório  saiu
Algo precisa  mudar
Para da terra  cuidar
Começar pelo  Brasil
Bastava não  desmatar
Para muito  ajudar
Já seria nota  mil.
      Quando quiser  viajar
Evite ir de  avião
Pois em qualquer  estação
Ele vai gás espalhar;
Andar de carro,  então,
Se não tiver  solução,
Motor sempre  revisar.
  
       Dessa forma,  cidadão,
A mudança  começou
Nosso clima  esquentou
Temos um novo  padrão
Tempestades de  horror
Muita gente já  pegou
E pode ter mais,  então.
  
       A ciência  observou
Que essa  variação
Teve a  participação
Do homem que  relegou
Por causa de  ambição
Destrói da terra o  pulmão
Que Deus um dia  criou.
  
       Não é qualquer  impressão
Capaz de gerar  enganos
Pesquisaram em mil  anos
Região por  região
Então daqui a cem  anos
Caso sejam mais  insanos
Não sei como será  não.
  
       A ONU tem grande  plano
Para enfrentar o  problema
Estuda um grande  esquema
Até o fim deste  ano
Uma coisa prá  cinema
Que pode levar o  lema
De salvar o ser  humano.
  
       Pensando nesse  sistema
Vamos  raciocinar
Como essa terra  será
Na praia de  Ipanema
Quarenta graus ao  luar
Mais quatro graus  aumentar
Aí vai ser um  problema.
  
       Acho que vou  terminar
Deixo a bola com  você
Para não  enlouquecer
Vou parar de  matutar;
Para quem conseguiu  ler
Quero apenas  dizer
Que só quem viver  verá.
  
 FIM
Cordel de Walter Medeiros