Do Jornal O Tempo
A ligação irregular de um cilindro de gás natural veicular (GNV) a um fogão provocou um acidente que causou queimaduras de terceiro grau em 97% do corpo de Ademir Ferreira de Almeida, na tarde de ontem. Ele é funcionário de um centro automotivo que funciona na região de Venda Nova, em Belo Horizonte.
Segundo o tenente Carlos Roberto Rafael de Oliveira, do 3º Batalhão dos Bombeiros Militares, Almeida e outras duas pessoas, entre elas um adolescente de 14 anos, esquentavam suas marmitas quando a mangueira que conduzia o GNV para o fogão não resistiu à pressão.
De acordo com o bombeiro, o fogo se espalhou pela pequena cozinha da oficina, especializada em conversão de veículos para GNV.
“O funcionário (Almeida) foi fechar o gás, mas acabou aumentando a pressão. A mangueira era de borracha, o que é inadequado, e acabou se rompendo. As chamas se propagaram queimando o fogão, uma geladeira, uma prateleira, além das pessoas”, disse.
O tenente Rafael salientou que o GNV não pode ser utilizado na cozinha. “É completamente inadequado. A instalação desse tipo de gás nos veículos exige normas especiais. Os conduítes que compõem o sistema, por exemplo, têm que ser de metal”, explicou.
Areia
Mesmo com o corpo em chamas, Almeida conseguiu correr para um terreno ao lado da oficina, onde caiu numa área gramada. Pedaços da roupa que ele usava caíram pelo caminho. Os outros funcionários utilizaram areia para abafar o fogo.
De acordo com informações do plantão policial do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), Almeida teve queimaduras nos dois olhos e chegou à instituição em estado gravíssimo.
Ele permanecia internado até as 19h30 de ontem. Segundo o tenente Rafael, o adolescente teve queimaduras leves nas vias respiratórias e foi levado para o pronto-socorro de Venda Nova.
Ele não corre risco de morte. O outro funcionário do centro automotivo, de acordo com o bombeiro, teve apenas vermelhidão no braço e não precisou de atendimento médico.
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